MOPAIDS
24/03/2023
Por José Carlos Veloso*
O dia 24 de março é marcado como o dia internacional pelo fim da tuberculose. A Organização Mundial da Saúde – OMS, estima que um quarto (1/4) da população esteja infectada com o bacilo de Koch, bactéria causadora da tuberculose (TB), por volta de 2 bilhões de pessoas no mundo. Levantamento da própria OMS, aponta que cerca de 5% a 10% dessa população pode desenvolver a tuberculose durante a vida. O Brasil figura entre os 30 países com maior carga de TB, são em média 70 mil casos novos por ano. Para as Pessoas com Vivem com HIV/Aids – PVHA, as chances de desenvolverem a tuberculose são de 15 a 25 vezes maior em relação a população geral. Em decorrência disso a TB é a principal causa de óbitos entre as PVHA. Soma-se a isso todas as questões relacionadas a vulnerabilidade social que implicam no acesso universal a saúde e políticas de proteção social que podem deixar as pessoas ainda mais vulneráveis da tuberculose.
As diretrizes do Ministério da Saúde, são de investigar todas as PVHA para a tratamento preventivo da tuberculose, ou seja disponibilizar testes e outros procedimentos clínicos para o diagnóstico precoce da infecção do bacilo de Koch e tratamento preventivo, disponível em todas as unidades da rede publica de saúde, incluindo os serviços especializados em HIV/Aids. O Brasil é signatário de metas internacionais para o fim da tuberculose no mundo, uma delas é assegurar que 90% das PVHA tenham acesso ao tratamento preventivo da tuberculose. Considerando o cenário catastrófico deixada para pandemia da covid-19, o desmonte do Sistema Único de Saúde e crise econômica dos últimos anos, é necessária uma coordenação conjunta entre gestão (saúde, assistência social, moradia, educação entre outras) com a participação efetiva da sociedade civil para o enfrentamento da coinfecção TB/HIV, levando em consideração a realidade local de cada território.
O slogan da campanha da Organização Mundial da Saúde para tuberculose em 2023 é “sim, podemos acabar com a Tuberculose”, isso só pode acontecer somando esforços e aumentado os investimentos em pesquisas e atividades que vislumbrem o fim da tuberculose enquanto problema de saúde pública.
* José Carlos Veloso é assistente social, mestre em saúde coletiva e coordenador da Rede Paulista de controle Social da Tuberculose.
Quer saber mais sobre a tuberculose e coinfecção TB/HIV, confira o conteúdo abaixo da Rede Paulista de controle Social da Tuberculose.
Coinfecção TB/HIV: prevenção, diagnóstico e tratamento.
Cartilha Marcos Legais para Apoio às Pessoas em Tratamento de Tuberculose.
Folder Tuberculose tem Cura! HIV/Aids tem Tratamento.
